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“apagão sexual” ! a geração que faz menos sexo !

 

“apagão sexual” ! a geração que faz menos sexo !



Muito se fala no tal “apagão sexual“, essa é a geração que faz menos sexo, dizem os especialistas. Curioso pensar que essa geração é a que fala mais abertamente sobre sexualidade, parece mais confortável em “abrir o jogo” nas rodas de conversa reais ou virtuais, do que as gerações anteriores… E a gente se pergunta o motivo pelo o qual estamos cada vez menos interessados em fazer sexo.
Obviamente somos a geração que cresceu com o avanço tecnológico e com a chegada da internet para o público e, com isso, tivemos a chance de ter mais acesso à informação, educação sexual é uma pauta que foi gradativamente ganhando espaço e acabou nos levando ao autoconhecimento, estamos mais preocupados em ter um emprego estável, casa própria e até mesmo com a política porque antes de gerar uma criança ou qualquer coisa parecida, queremos envelhecer bem e aproveitar mais, muito provavelmente o avanço da educação favoreceu para essa consciência, ter cada vez mais acesso a ela também é um ponto a ser considerado.
Quem não conhece a história da vó que casou aos catorze anos ou da mãe que casou igualmente jovem e largou os estudos para ser a “provedora do lar”? A maioria dessas histórias são carregadas de violência doméstica, estupro, violência psicológica e toda a sujeira que a sociedade da época tentava esconder debaixo do tapete. Mas essa geração, não! Essa geração não está disposta a repetir os ‘mesmos erros’, essa geração tem questionado mais, tem discutido amplamente mais, é uma geração barulhenta, muitas vezes acusada de “mimizenta” e até infantil.
Bem, sendo mulher, toda a aventura sexual pode acarretar num custo alto, já que frequentemente somos alertadas sobre o fato de que nenhum anticoncepcional é 100% eficaz, como também sobre o que toda essa merda pode causar em nossos corpos a curto e a longo prazo, então mulheres (especialmente heterossexuais e bissexuais) estão cada vez menos dispostas a passar por certas situações para conseguir sexo e por isso estão selecionando mais seus parceiros ou mesmo dando uma maior preferência aos brinquedos sexuais, já que se estamos falando de prazer, masturbação é sempre eficaz e a indústria tem finalmente se atentado à isso. Não apenas para sexo, mas tem-se notado que as mulheres estão selecionado melhor seus parceiros “para a vida”, por essa razão também existe um movimento tardio na consolidação dos relacionamentos.
Claro, tudo isso também deve-se levar em conta a conjuntura econômica e política dessa geração, pois um período de aumento da exploração do trabalho e da exposição da vida social, leva a uma espécie de sociedade do cansaço. Na perspectiva materialista, as relações de trabalho e produção influenciam demais as relações humanas. No passado, nossos avós e nossos pais compraram casas e sustentavam a família inteira apenas dirigindo caminhão ou qualquer coisa similar, enquanto hoje o mercado de trabalho é competitivo e exploratório, a remuneração não condiz com toda a exigência, e torna-se quase impossível a ideia de adquirir a casa própria ou algo assim, fazendo com que os jovens demorem cada vez mais a sair da casa dos pais, existe uma crise cíclica do capitalismo, onde só resta revolução ou sucumbir.
E existe uma forte influência do mundo virtual nisso tudo também, claro. Como também, existe influência da saúde mental, já que essa também é a geração que mais sofre com transtornos mentais. Antidepressivos e ansiolíticos são tomados no café da manhã e na janta e, para além de tudo, sabemos, são inibidores sexuais.
Mas sexo às vezes parece ter virado produto, obrigação social, as gerações anteriores pareciam fazer apenas por fazê-lo, cedendo a pressões impostas, porque se esperava delas uma vida estabelecida aos vinte anos, sem quaisquer questionamentos ou contraposições, as mulheres apenas satisfaziam seus parceiros e pouco se conhecia ou era feito sobre sua própria satisfação, acontece também que já não é mais tabu e já não existe tanto mistério em torno disso, fazendo com que fique chato. Hoje, nós só buscamos fazê-lo se soubermos que poderá mesmo ser compensatório, mas sobretudo com uma carga de consciência muito mais esclarecedora que a das gerações passadas.


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